Hoje é dia de Blogagem Coletiva e todas as mães vão contar o que está acontecendo dentro da casa delas nesse mês de dezembro, que costumes elas mantêm do Brasil, quais elas incorporaram do país onde moram, como as crianças comemoram e etc.
Então vou contar pra vocês como foram os oito dias de Hanuká por aqui. Nós aqui em casa valorizamos muito as tradições, queremos construir, pouco a pouco, as memórias do Uri nessas datas, então pra gente, comemorar, nem que seja sem presentes caros ou grandes acontecimentos, é muito importante!
Hanuká começou na noite de sábado, dia 8 de dezembro e terminou ontem, domingo, dia 16 de dezembro. Foi o primeiro feriado judaico que o Uri entendeu relativamente, participou e vibrou, então aproveitamos mesmo.
Não tinhamos planos pra noite da primeira vela (aliás, os dias são contados assim, por velas, por exemplo - "Queriamos convidar vocês pra virem aqui na 4a vela de Hanuká"). Eu decorei um pouco a casa com sevivonim (piões), arrumei duas hanukiot (uma que sempre acendemos e outra que o Uri touxe da creche), fiz um bolo de batata assado, arrumei a mesa e quando estávamos quase dando banho no Uri para jantarmos, nossos vizinhos e amigos vieram nos convidar para acender a vela com eles. Apesar do convite mais do que em cima da hora, pegamos nossa torta de batata e fomos. Foi muito gostoso, esse é um casal muito querido, ele israelense e ela colombiana, a família dela é muito simpática e animada (como bons latinos), eles têm duas filhas (uma de 6 anos e outra 1 mês mais nova que o Uri) e nós nos sentimos em casa mesmo. Foi uma delícia, comemos muitos bolinhos de batata, sufganiot (sonhos), uma sopa deliciosa e batata com creme branco.
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meu bolo de batata que estava uma delicia e foi devorado |
Ah, o Uri ganhou uns presentinhos, como manda a tradição. Na verdade nós demos mais presentes do que geralmente aceitamos dar (não gostamos de encher o menino de coisas), mas não foi tão mal assim. Ele ganhou 2 elefantes de pelúcia, um jogo de bloquinhos de madeira/puzzle e um livro (sempre damos livro junto com presentes). Ah, também dei um sevivon que se ilumina e toca música, coisa de chinês, e foi o maior sucesso.
Na segunda vela ficamos os três por aqui mesmo.
Na segunda feira, 3a vela, convidamos uma amiguinha do Uri do gan, que veio com a mãe, comemorar com a gente. Ela é a melhor amiguinha do Uri e é muito legal ver os dois brincando, conversando. De novo, bolinhos de batata, batata doce e cenoura e sonhos (sufganiot).
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comendo e brincando com o sevivon |
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a mesa colorida, como manda uma festa para crianças! |
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e se adoram... |
Quis agradar cada criança que veio nos visitar esse ano (e vieram muitas!) e comprei um presentinho pra cada uma delas, coisinha pequena, massinha, livrinho, quebra- cabeça, essas coisas, e embrulhei junto com 2 moedas de chocolate, outro costume em Hanuká (porque os sonhos não são suficientemente doces, né?).
Na terça feira eu fui trabalhar do escritório porque na frente dele está a minha confeitaria favorita nessa época do ano e eu queria comprar um sufganiot especiais pra gente. Antes de sair de casa sentei com o marido e o flyer deles e decidimos que sabores (dentre muitos e todos deliciosos) comprar - Floresta Negra, halva (um doce de gergelim típico daqui e maravilhoso), crème brulée e tiramissu. Não preciso comentar mais nada!
Na quarta feira a mãe do Ariel veio acender a 5a vela com o neto. Again, mesmo menu, mas sufganiot mais simples (eu já estava enjoando).
Quinta feira teve festa de Hanuká da creche, num espaço fechado para brincar, tipo um parquinho indoors, um lugar muito legal, ainda mais no verão escaldante ou no inverno frio daqui. Criancinhas apresentaram dancinhas, músicas e etc. Meu filho, contrariando sua personalidade de pop star, resolveu que aquele não era seu dia e não participou muito, mas tudo bem, ele terá muitas festas para isso.
Ah, uma coisa interessante é que nas festinhas de crianças pequenas não tem palco, as crianças dançam e cantam no chão mesmo, junto com as professoras. Há menos glamour, é fato, mas menos choro e desespero também!
Ah, uma coisa interessante é que nas festinhas de crianças pequenas não tem palco, as crianças dançam e cantam no chão mesmo, junto com as professoras. Há menos glamour, é fato, mas menos choro e desespero também!
Poucos minutos de participação:
aqui no colo da professora. Essa música fala o apelido de Hanuká - Hag HaUrim, e por isso que coloco o video aqui, não pela péssima qualidade dele.
Juntei alguns videos aqui:
Cada família trouxe uma coisa, o Ariel fez pasta caseira, todo mundo se divertiu, conversou, quem não se conhecia acabou se conhecendo, as amigas se encontraram, as crianças brincaram muito, enfim, foi uma delícia! Adoramos receber os amigos, adoramos a casa cheia!
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Tem coisa mais fofa que esses dois juntos? |
caçando o coitado do gato |
Para terminar, fomos convidados por esse casal de coreanos a uma festa na comunidade cristã deles no sábado à noite. Lá fomos nós, carregando o irmão do Ariel que veio nos visitar naquele dia. Na verdade é uma comunidade messiânica, que não é nada a nossa praia, mas enfim, fomos muito bem tratados, conhecemos pessoas simpáticas, comemos (mais!) comida deliciosa e enfim, encerramos essa semana cheia de comemorações, amigos, presentes e muita, muita comida. Não podemos ver fritura pela frente por um bom tempo!
Quer saber o que anda acontecendo nas casas de outras brasileiras espalhadas pelo mundo? Confira aqui!!